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quarta-feira, 2 de junho de 2010

Paraíso Abandonado


Abro a janela e sinto a leve brisa que vem passear no meu rosto
O dia hoje está cinza e nenhum pássaro brinca no céu
As folhas bagunçam o chão do quintal
E o mar parece estar querendo gritar
Mas tudo se envolve lentamente com o silencio do dia

Ninguém na varanda
Não há perfume nos lençóis
Só a ausência que passeia pelas escadas
E o silencio,novamente,preenche o vazio

Livros abertos
Histórias passadas
Histórias que ninguém vai contar

Paredes borradas
Marcas de mãos
Pegadas por onde ninguém andou

Vozes que sussurram
Que falam de amor
Mas que ninguém ouviu

Cortinas de ceda
Tão puras quanto a inocência da minha vontade
A minha vontade de não ser mais só

Nem mesmo o espelho reflete minha imagem
Nem mesmo eu mesmo sei a que se refere a mim
Esqueci do meu rosto pra não lembrar de qualquer semelhança
Esqueci do passado pra não saber o que já fui
E nunca entender o que sou

O triste é procurar e nunca encontrar o amor
Quando na verdade só se quer alguém pra conversar...

Um comentário:

Murilo disse...

ueeiita, simplesmnte
ée oq está acontecendo ultimamente,
" Mas tudo se envolve lentamente com o silencio do dia "
isso me faz lembrar algo,
mas enfim tá fodaa o post heiim lek ;D
abrax